O Arquipélago dos Abrolhos, no extremo sul da Bahia, é uma aventura ecoturística inesquecível. Entre julho e novembro, o turista poderá assistir ao emocionante espetáculo aquático das baleias-jubarte, explorar cavernas submarinas em mergulhos orientados, vislumbrar recifes de corais raros como o "cérebro", ou simplesmente admirar uma das mais belas paisagens marinhas da costa brasileira.
A Costa das Baleias abrange os municípios de Prado, Alcobaça, Caravelas, Nova Viçosa e Mucuri. Seu maior atrativo, o Parque Nacional Marinho, abrange o Parcel e o Arquipélago dos Abrolhos, distante 32 milhas náuticas ou 52 km da costa, em seu ponto mais próximo à cidade de Caravelas, e 84 km de Alcobaça. Aí há uma das maiores concentrações de peixes por metro quadrado do planeta - tanto em quantidade como em variedade - e corais de rara beleza, num total de 17 espécies.
Prado é a que mais desenvolveu sua infra-estrutura turística, devido à beleza de suas praias e remanescentes de mata atlântica. Destaque para a praia de Cumuruxatiba. Alcobaça - com a aconchegante Matriz de São Bernardo, o casario colonial, a fonte da cacimba, as ruas arborizadas. Em Caravelas, as belas praias do Kitongo, Grauçá, Iemanjá, as Ilhas da Cassumba, do Pontal do Sul e o manguezal compõem o acervo natural, próximo de relíquias históricas.
Abrolhos abriga uma das maiores concentrações de peixes por metro quadrado do planeta, em quantidade e variedade. Barracudas, sargo-de-beiço, budião, peixe-frade, guarajuba, pescada-gaiva, bicudas, peixe-papagaio, peixe-cirurgião, peixe-anjo, peixe-borboleta, cioba ou vermelho, agulha, moréia, baiacu-espinho, xaréus, jaguricá, balemas, piragicas, cereletis, cocorocas, badejos, cavalo-marinho e ricos bancos de camarões formam o vasto ecossistema marinho, enfeitado pelos maiores e mais ricos recifes de corais de todo o Atlântico Sul.
Paraíso de águas rasas e cristalinas, Abrolhos reúne as condições perfeitas para a prática de mergulho, tanto do tipo contemplativo, quanto o de exploração de naufrágios, como o do famoso cargueiro Rosalina, que afundou no início do século XX, e nas cavernas submarinas, acompanhados de guias. Um verdadeiro safári fotográfico a 30 m de profundidade, sob feixes de cores e luzes no silencioso e grandioso fundo do mar.
Formado por cinco ilhas - Santa Bárbara, Sueste, Redonda, Siriba e Guarita - Abrolhos foi assim nomeado por conta de alertas dos navegantes portugueses no século XVI: "Quando te aproximares de terra, abre os olhos". Mas, o que antes representava um perigo às naus lusitanas, hoje se consolida como um dos mais belos roteiros ecoturístico no litoral sul da Bahia, habitat de uma vasta fauna e flora marinha, e palco de cenários de rara beleza em um local abençoado pela natureza.
Sob suas águas, o espetáculo fica por conta das Baleias Jubartes, que se exibem em saltos e piruetas aos olhos do visitante. Na porção terrestre do Parque Nacional Marinho de Abrolhos, as tartarugas desovam, enquanto atobás, fragatas, pilotos e grazinas, em diferentes épocas do ano, dão o ar da graça para construir seus ninhos. O Parque recebe, anualmente, mais de 15 mil visitantes monitorados pelo IBAMA e pelo Instituto Baleia Jubarte. O farol (fabricado na França), localizado na ilha de Santa Bárbara, ilumina a noite dos navegadores.
Instituto da Baleia Jubarte - Abrolhos
O Instituto da Baleia Jubarte, criado em 1988, é administrado por uma organização não-governamental que promove uma maior conscientização ecológica da população e orienta os turistas durante as visitas ao Parque Nacional Marinho de Abrolhos.
O grupo estuda a baleia Jubarte, principalmente nos períodos de reprodução, e promove algumas medidas em favor da preservação da espécie. Junto às comunidades litorâneas da região de Abrolhos, o grupo elabora atividades, como o Programa de Educação e Informação Ambiental, além de outros projetos, a exemplo das Patrulhas Ecológicas, Horta Comunitária, Atividades Comunitárias, Encalhe de Cetáceos, Curso para Mestres e Marinheiros, e Curso para Professores.
Na sede do instituto, praia do Quitongo, rua Sete de Setembro, 178, Caravelas, os visitantes podem assistir a vídeos, exposições e adquirir camisetas, cuja renda é revertida integralmente para os projetos sociais promovidos pelo grupo. Para maiores informações, o telefone para contato com a ONG é: (73) 3297-1320.
Aves Marinhas de Abrolhos - Abrolhos
Das 26 espécies de aves marinhas já encontradas em Abrolhos, apenas quatro vivem na ilha: Atobá, Piloto, Grazina e Fragata. Outras espécies, conhecidamente migratórias, chegam à ilha somente em períodos de reprodução. É o caso do Trinta-réis preto e branco e o Benedito (ou Viuvinha), que chegam em bando de aproximadamente 3.200 pássaros, entre março e outubro.
Um fiscal do IBAMA sempre acompanha os visitantes antes de chegar ao arquipélago, e durante a permanência em terra, informando-lhes sobre a fauna local e a necessidade de preservação do raro ecossistema. Na área do Parque não é permitido fazer qualquer espécie de coleta ou agredir os animais.
Os passeios ocorrem nos arredores de Abrolhos, numa área de aproximadamente 60 km de extensão, entre a costa da cidade de Prado e o litoral de Nova Viçosa. Neste percurso, apenas na Ilha Siriba é permitido o desembarque de grupos, com um período máximo de 15 minutos, para caminhadas e "safari fotográfico". É possível observar ninhos de atobás, com ovos e filhotes recém-nascidos, tartarugas e outras espécies da fauna. Um passeio sublime, sob todos os aspectos.
Está a aproximadas 38 milhas náuticas de Caravelas.
As principais agências de turismo receptivo em Caravelas e Prado.
oferecem passeios ao arquipélago de Abrolhos em embarcações do tipo lanchas, veleiros, escunas e trawlers, para mergulhadores. A capacidade varia entre 6 a 15 pessoas.
Os passeios podem ser de apenas um dia, com duração entre 1h30 e 6 horas, ou de até cinco dias, com pernoite a bordo.
Todas as embarcações que operam no arquipélago são devidamente credenciadas pela Marinha, IBAMA e Embratur.